Artigo Científico
TÍTULO: FATORES EMOCIONAIS NA GRAVIDEZ DE UMA PACIENTE DIAGNOSTICADA DE ESQUIZOFRENIA, ABUSADA SEXUALMENTE - UM ESTUDO DE CASO.
AUTORES: PATRÍCIA MENDES GONÇALVES
Orientador Prof. Pós-doutor THOMAZ DÉCIO ABDALLA SIQUEIRA
RESUMO
Este estudo de caso estuda e expõe a problemática das mulheres que apresentam alguma patologia psiquiátrica serem vítimas de abuso sexual, e engravidarem, justamente porque não sabem se defender. Quando ocorre que uma mulher prejudicada mentalmente engravide, automaticamente, ela é julgada por não ter capacidade legal para cuidar de sua criança, precisando, invariavelmente, abrir mão de seu filho Com o caso em estudo aconteceu de maneira diversa, uma vez que a pessoa estava em atendimento médico-ambulatorial no Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro de Manaus/AM, e a criança ficou e permanece com sua mãe. A intenção deste estudo é verificar se o vínculo afetivo maternal, entre o bebê e sua mãe, foi despertado na mãe / paciente. O trabalho de investigação, portanto, está voltado para uma pesquisa qualitativa, apresentando o estudo de caso de uma mulher diagnosticada como portadora de esquizofrenia, em atendimento ambulatorial no Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro de Manaus/AM que sofreu abuso sexual e engravidou. A paciente permanece com a criança em sua residência, com o apoio de seus familiares. Organizou-se o estudo de caso, com base em entrevistas realizadas em domicílio e uma anamnese com sua progenitora. Realizou-se uma testagem psicológica na paciente para confirmação de dados específicos nas diferentes áreas. Constatando-se que a paciente possui inteligência inferior, segundo avaliação do teste de inteligência INV de Pierre Weill, no teste Bender, registrou evidências de comprometimento orgânico-cerebral e na área emocional, por meio do teste gráfico HTP, avaliação segundo Buck (2003), mostrou manter contato interpessoal reservado, primitivismo, imaturidade psicossexual, insegurança, ansiedade e baixa auto-estima. No teste do desenho da família ficou evidente sua dificuldade com seu bebê, pois, embora ela o tenha desenhado, é a única figura do grupo familiar que está borrada, além de ter sido desenhado afastado do desenho de sua própria pessoa. Verificou-se que a paciente. embora não demonstre uma vinculação de apego afetivo efusiva ou de maternagem simbiótica com seu bebê, ela não o rejeita e até o presente momento é quem está assumindo a maioria dos cuidados maternos, embora precise ser lembrada, seguidamente, de suas obrigações para com o bebê. Quanto ao vínculo afetivo percebeu-se que demonstra reações afetivas superficiais, envolvendo-se com o bebê mecanicamente, realizando os cuidados maternais, contudo, sem manifestação afetiva mais calorosa.
Palavras chave: esquizofrenia, gravidez, parto e puerpério, vínculo afetivo mãe-bebê.
AUTORES: PATRÍCIA MENDES GONÇALVES
Orientador Prof. Pós-doutor THOMAZ DÉCIO ABDALLA SIQUEIRA
RESUMO
Este estudo de caso estuda e expõe a problemática das mulheres que apresentam alguma patologia psiquiátrica serem vítimas de abuso sexual, e engravidarem, justamente porque não sabem se defender. Quando ocorre que uma mulher prejudicada mentalmente engravide, automaticamente, ela é julgada por não ter capacidade legal para cuidar de sua criança, precisando, invariavelmente, abrir mão de seu filho Com o caso em estudo aconteceu de maneira diversa, uma vez que a pessoa estava em atendimento médico-ambulatorial no Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro de Manaus/AM, e a criança ficou e permanece com sua mãe. A intenção deste estudo é verificar se o vínculo afetivo maternal, entre o bebê e sua mãe, foi despertado na mãe / paciente. O trabalho de investigação, portanto, está voltado para uma pesquisa qualitativa, apresentando o estudo de caso de uma mulher diagnosticada como portadora de esquizofrenia, em atendimento ambulatorial no Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro de Manaus/AM que sofreu abuso sexual e engravidou. A paciente permanece com a criança em sua residência, com o apoio de seus familiares. Organizou-se o estudo de caso, com base em entrevistas realizadas em domicílio e uma anamnese com sua progenitora. Realizou-se uma testagem psicológica na paciente para confirmação de dados específicos nas diferentes áreas. Constatando-se que a paciente possui inteligência inferior, segundo avaliação do teste de inteligência INV de Pierre Weill, no teste Bender, registrou evidências de comprometimento orgânico-cerebral e na área emocional, por meio do teste gráfico HTP, avaliação segundo Buck (2003), mostrou manter contato interpessoal reservado, primitivismo, imaturidade psicossexual, insegurança, ansiedade e baixa auto-estima. No teste do desenho da família ficou evidente sua dificuldade com seu bebê, pois, embora ela o tenha desenhado, é a única figura do grupo familiar que está borrada, além de ter sido desenhado afastado do desenho de sua própria pessoa. Verificou-se que a paciente. embora não demonstre uma vinculação de apego afetivo efusiva ou de maternagem simbiótica com seu bebê, ela não o rejeita e até o presente momento é quem está assumindo a maioria dos cuidados maternos, embora precise ser lembrada, seguidamente, de suas obrigações para com o bebê. Quanto ao vínculo afetivo percebeu-se que demonstra reações afetivas superficiais, envolvendo-se com o bebê mecanicamente, realizando os cuidados maternais, contudo, sem manifestação afetiva mais calorosa.
Palavras chave: esquizofrenia, gravidez, parto e puerpério, vínculo afetivo mãe-bebê.
Comentários