CONCEITUAÇÃO DA SITUAÇÃO AFETIVO-COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DE UMA ADOLESCENTE: UM ESTUDO DE CASO

AUTORES: Julie Barbosa de Carvalho.
Pós-doutor Thomaz Décio Abdalla Siqueira.

RESUMO
A escolha do tema se deu através de experiências em estágios curriculares COM adolescentes. Todos os adolescentes sofrem com as mudanças corporais e um dos problemas que mais afligem os indivíduos nesta fase é a depressão. Os adolescentes tendem a subestimar-se ou a criticar a si mesmos pelas dificuldades que é caracterizada por um humor irritável. Eventos como perda de familiares ou amigos, do corpo infantil, de imposições educativas podem agravar esta fase delicada. A adolescência juntamente com todas as suas peculiaridades tem sido um dos temas mais complexos quando se pensa em psicoterapia e ao mesmo tempo tem sido pouco explorado dentro do âmbito da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental. Esta é uma abordagem que vem ganhando espaço no meio científico e acadêmico. Em Psicoterapia cognitiva comportamental o sucesso está diretamente relacionado com a qualidade da relação terapêutica, vista como interação de mútua influência entre terapeuta e paciente. O planejamento do trabalho do terapeuta deve incluir as especificidades necessárias para uma relação adequada. O terapeuta deve se comportar de modo a minimizar o sofrimento do cliente a partir da provisão de estímulos discriminativos e disposição de conseqüências que levem a mudanças mais efetivas de comportamento. O terapeuta é, portanto, um ouvinte não punitivo e um agente reforçador. Na literatura qualidades como a empatia, compreensão e aceitação sem julgamentos, autenticidade, autoconfiança e flexibilidade na aplicação de técnicas são necessárias ao terapeuta. , e foi com o intuito de aprofundar as praticas terapêuticas nesta área foi que se deu esta pesquisa, que teve como objetivo a observação da relação familiar de uma adolescente e os comprometimentos afetivos e comportamentais que a ausência da figura paterna causariam no seu desenvolvimento interpessoal. O problema buscou verificar qual a configuração afetivo-cognitivo-comportamental da adolescente que faz psicoterapia sobre sua relação familiar. Apresentamos o resultado de uma análise sobre essas influências da família e dos demais ambientes em que convive uma adolescente de 15 anos traçando seu perfil afetivo-cognitivo-comportamental. Como instrumento utilizou-se a entrevista clínica sem direcionamento, e o Diagrama de Conceituação Cognitiva da tabela de Becker. O procedimento se deu através de um contato prévio com a mãe da adolescente onde foram explanados os a finalidade da investigação e os métodos utilizados. A adolescente participou de 06 (seis) sessões de 60 minutos supervisionados pela psicóloga responsável nos quais foram traçados os comportamentos referentes aos comprometimentos afetivos e emocionais da adolescente, acompanhamos o caso há 09 (nove) meses, utilizou-se também um gravador e os registros clínicos da terapeuta. Foi constatado que a relação terapêutica é condição primeira para a existência humana e que este assunto tem a ver com a própria vida, com a valorização da existência do ser no mundo de uma forma única, destacando a diferença, onde cada ser é único e que qualquer abordagem psicológica deveria ser acessível a todos.
Palavras-chave: Adolescente – Família - Psicoterapia Cognitivo-Comportamental

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