CRÔNICA do Thomaz Abdalla:

Na seleção do Dourado em Psicologia Clínica na Universidade de São Paulo - USP do Instituto de Psicologia Clínica. Eu estava de férias em São Paulo. Acho que tinha feito a inscrição em novembro. Só quem sabia disso era a minha família japonesa. Antes passei em Piracicaba e visitei minha linda prima Selene Nogueira. Fiquei dois dias ou três com o casal e no último dia fomos a um Shopping, eu comprei um monte de camisas T Shits que estavam on sale. O nome do Shopping não lembro mais! Ao retornar para Sampa, recebi o resultado que havia sido aprovado na prova de conhecimento específico em clinica e línguas estrangeiras. Falei pra família Buyo, eles ficaram orgulhos de mim. Não pulei de alegria e nem cantei vitória, expliquei que ainda tinha a entrevista individual. No dia da entrevista o Shigueo ficou de me levar na USP de carro. O almoço era macarrão que amo muito. Coloquei uma calça jeans e a camisa nova do Pipiu que havia comprado em Piracicaba - SP. O Buyo san perguntou em japonês de Okayama ben ... (Hogen) se eu estava pronto. Eu estranhei e olhei pra camisa, pensando que havia respingado molho de tomate. 

   No Japão tem uma palavra chamada MITOMONAI quando você não percebe o ridículo da sua roupa, rs. Provavelmente ele queria me dar um toque, mas ficou calado com a minha santa ingenuidade. Fui com um tênis barato, não tinha muita grana, ainda mais com a Noemi e Hiroshi no Japão cursando o mestrado  Quando cheguei no Bloco da Psicologia tinha mais de 50 pessoas selecionadas e a maioria eram mulheres lindas, maravilhosas, cheirosas, elegantes e segurando livros que haviam publicado. Todas pareciam com a Marta Lauro... A riqueza em pessoa. É gozado que em nenhum momento me senti fora do processo seletivo. 

   Fiquei pacientemente aguardando ser chamado,  sendo esnobado e ignorado por todos, pois eu só portava um livro em inglês e japonês que foi publicado na Okayama University em parceria com o meu orientador de mestrado,  Dr. Mitani Keiichi. 

  Fui o último a ser chamado... Entrei com um sorriso largo de orelha a orelha, com os olhos brilhando, afinal estava com a minha melhor camisa da época... Meu Pipiuzão.

  Resumindo... pediram pra que em um minuto, eu convencesse que eu deveria ser o escolhido. Na hora fiquei todo emocionado e arrepiado. Todas da bancada notaram a minha reação, falei em alto e bom som: "- O estudo da psicologia é vital pra minha vida".

   Sai da entrevista e o Shigueo... coitado, estava me esperando no carro e voltamos para o Bairro: Saúde. Em casa perguntaram como foi  o processo e eu disse que tinha sido difícil. Não sabia o resultado e possivelmente não seria o escolhido. O tempo passou e próximo do Natal recebi o resultado. Havia sido aprovado.


Moral da História: Seja você mesmo, pois é isso que as pessoas querem observar!




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