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 Comunicado de imprensa

UNICEF alerta sobre desnutrição crônica de crianças ianomâmis

UNICEF e parceiros apresentam dados sobre desnutrição de crianças ianomâmis e realizam seminário com lideranças indígenas, representantes do poder público e pesquisadores para discutir fatores que levam a esse cenário e alternativas para revertê-lo

28 outubro 2019

Brasília, 28 de outubro de 2019 – UNICEF e parceiros realizam, dias 28 e 29 de outubro em Brasília, o “Seminário Nacional sobre os Determinantes Sociais da Desnutrição de Crianças Yanomami” – e apresentam uma pesquisa sobre o tema. Os dados revelam que oito em cada dez crianças menores de 5 anos pesquisadas apresentam desnutrição crônica. O estudo, financiado e requisitado pelo UNICEF, foi realizado em parceria com Fiocruz, Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição (Cgan) do Ministério da Saúde, e a Fundação Nacional do Índio (Funai).


A pesquisa teve como foco o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami e foi realizada nas aldeias do Polo Base de Auaris, em Roraima, e do Polo Base de Maturacá, no Amazonas. Os dados mostram que 81,2% das crianças menores de 5 anos pesquisadas têm baixa estatura para a idade (desnutrição crônica), 48,5% têm baixo peso para a idade (desnutrição aguda) e 67,8% estão anêmicas.


A idade da criança se mostrou importante ao analisar a desnutrição. O levantamento mostra um forte aumento dos índices de desnutrição no período do desmame da criança e introdução da alimentação complementar.


O estudo associou alguns fatores, como o contato com alimentos ultraprocessados pelas comunidades indígenas, que poderiam estar contribuindo para o panorama atual. Entre os grupos pesquisados, foi observado oferecimento de alimentos pobres em nutrientes para as crianças. Além disso, o acesso a esses produtos vem contribuindo para aumentar a quantidade de lixo nas aldeias.

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