Apoteose Mastros quebrados, singro num mar d'Ouro Dormindo fôgo, incerto, longemente... Tudo se me igualou num sonho rente,
E em metade de mim hoje só móro...
São tristezas de bronze as que inda choro - Pilastras mortas, marmores ao Poente...
Lagearam-se-me as ânsias brancamente
Por claustros falsos onde nunca óro...
Desci de mim. Dobrei o manto d'Astro,
Quebrei a taça de cristal e espanto,
Talhei em sombra o Oiro do meu rastro... Findei... Horas-platina... Olor-brocado... Luar-ânsia... Luz-perdão... Orquideas pranto...
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- Ó pantanos de Mim - jardim estagnado...
Mário de Sá-Carneiro, in 'Indícios de Oiro'
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