Estava quieto com a minha garganta inflamada e nariz entupido. Empanturrado de remédios recebo uma ligação de uma voz rouca e idosa:
"Te amo, meu filho. Não existe outro coração no mundo que vai te amar mais do que o meu".
Eu queria tanto ter ouvido isso há 40 anos atrás. Talvez tudo seria diferente. Respondi que a amava também e pedi minha benção que sempre foi negada.
Trocamos palavras de carinho e disse que a prima Polyana queria se encontrar comigo. Eu disse que era meio difícil devido residir na Inglaterra, mas que sentia saudades e reforcei que o queridinho era o Irmão Reinaldo Abdalla.
Filho, ela sempre gostou de você, só não sabia como se aproximar. Afinal ela era muito popular com todos.
Mandei lembranças...
Olhei para o espelho, pois tinha saído do banho. Demorei no meu corpo moído de gripe e dei minha risada. Pena que as pessoas demoram dizer o óbvio. Talvez fosse tudo diferente.
Escutei as receitas familiares para preservar a saúde as despedidas carinhosas pelo dia do professor.
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