OFICINAS DE HISTÓRIAS EM QUADRINHSO (HQ)

Thomaz Décio Abdalla Siqueira ; Nívea; Wesley Sousa de Albuquerque .
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Faculdade de Educação Física e Fisioterapia

RESUMO:

A compreensão da leitura como algo construído social e coletivamente, numa interação humana sujeita as constantes transformações, reflete uma concepção de pensamento histórico e dialético em essência, pois se faz presente na vida do homem desde os primórdios da humanidade. O caráter social da língua é facilmente percebido quando levamos em conta que ela existe antes mesmo de nós nascermos: cada um de nós já encontra a língua formada e em funcionamento, pronta para ser usada. Nesse contexto, a importância e o valor dos usos da leitura são determinadas historicamente segundo as demandas sociais de cada momento. Atualmente exigem-se níveis de leitura diferentes e muito superiores aos que satisfizeram as demandas sociais até bem pouco tempo atrás – e tudo indica que essa exigência tende a crescer. No entanto, apesar de todas as mudanças e conquistas ocorridas ao longo dos tempos, uma pesquisa recente realizada pelo Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional, vinculada ao Ibope do ano 2000, concluiu que apenas 26% dos brasileiros com idades entre 15 e 64 anos conseguem ler e entender um livro, enquanto 74% dos brasileiros têm problemas de leitura. Essas evidências de fracasso intelectual apontam para a escola, a necessidade de reestruturação do ensino da leitura, com o objetivo de encontrar formas de garantir, de fato, a aprendizagem e o prazer de ler. O conhecimento disponível no que se refere à leitura indica o ensinamento desta através de práticas centradas na decodificar. No entanto, é preciso oferecer aos alunos inúmeras oportunidades de aprenderem a ler usando os procedimentos que os bons leitores utilizam. Os materiais feitos exclusivamente para ensinar a ler não são bons para este fim, pois servem simplesmente para ensinar a decodificar, fazendo com que a criança construa uma visão empobrecida da leitura. Por esse motivo à história em quadrinhos é conceituada hoje como uma das formas de diversificar e enriquecer as atividades de leitura, pois elas atraem e encanta crianças de todo o mundo. Essa atração provém do apelo à imaginação, à aventura, ao ilusório herói que cada um tem dentro de si “. É necessário muito cuidado na utilização das histórias em quadrinhos, para não descaracterizá-las, devendo-se estimular a leitura crítica e criativa que tragam prazer. Entende-se que à escola cabe o papel de ensinar a ler os quadrinhos, explorando a linguagem lúdica”.Estudar essa linguagem como se estuda a literária é importante, até porque as crianças estão mais contato com os quadrinhos que com a literatura. Assim, para tornar os alunos bons leitor à escola necessitará fazê-los achar a leitura algo interessante e desafiador, visando à autonomia dos discentes.

Palavras-Chave: História em Quadrinhos, Leitura, Aprendiagem.

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