Encontro 🚴⛩️🚴‍♀️🍁

• Nunca narrei de como nos encontramos.  Geralmente quando eu ia para a Faculdade de Psicologia na Okayama University a Noemi Kazuko Buyo Siqueira estava retornando da Faculdade de Belas Artes. A gente nem se cumprimentava. Ela pensava que eu era Alemão e eu a achava uma japonesa kamikaze,  pois vinha com toda a velocidade na minha frente e eu também era corajoso e não desviava. Sempre no último segundo ela desviava. Ela dava risadas e eu muito puto.

A gente nãose falava. Eu era bem próximo dos australianos, inglêses, alemães, norte americanos e mexicanos.

Um dia chegou um cartãoem português pra mim, mas era direcionado para Kazuko san (em portuguê. Pergunteido gerente da International house quem era Kazuko san e ele explicoucque era o apelido (nickname) da Noemi Buyo. Fui no 4.° andar aonde era o apartamento.  Bati na porta 🚪e ninguém respondeu. Deixei um recado escrito em inglês:

- There's a letter for you from Brazil, please  pick up in my apartment (men's room Building please).

Thomaz Abdalla.

Logo em seguida ela apareceu ofereci primeiro um chocolate gelado em lata. Tomamos e apresentei a Margarita, uma boneca mexicana que tinha sido presente do Amigo Eduardodo México (Ele estudava no campus de Hiroshima). Nós estavamos no campus de Okayama.  A Margarita era uma boneca de pelúcia,  era uma ratinha 🐭. Lembro que dei a Margarita para a neta da minha indígena Maria que trabalhou comigo por 33 anos até morrer de COVID- 19.

Entreguei o cartão e ela leu em português em seguida me convidou para tomar um chocolate quente no apartamento dela. Nasceu uma amizade e nem conseguia respirar sem a Kazuko chan.

Muito obrigado Noemi Kazuko em me ensinar que o AMOR 💘 é calmo e silencioso.


Thomaz Décio Abdalla Siqueira.

A Noemi Kazuko Buyo Siqueira amava o outono, porém era muito solar 🌞.




 (...) Nem tudo é dias de sol,

E a chuva, quando falta muito, pede-se

Por isso tomo a infelicidade com a felicidade

Naturalmente, como quem não estranha

Que haja montanhas e planícies

E que haja rochedos e erva...


O que é preciso é ser-se natural e calmo

Na felicidade ou na infelicidade,

Sentir como quem olha,

Pensar como quem anda,

E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,

E que o poente é belo e é bela a noite que fica...

Assim é e 

assim seja...

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