Artigo Científico


A Morte do Idoso no Ambiente Familiar: A Elaboração dos Estágios da Morte no Contexto Familiar para Compreender a Finitude no Idoso


*Maria de Jesus Martins de Souza[1], Thomaz Décio Abdalla Siqueira [2].

A morte ainda é um tema que desperta interesse para humanidade, no contexto social e familiar. Traz a discussão não só no âmbito científico, como também qual é o sentido da vida após a perda de um ente querido, assim nos leva a refletir sobre nossa impotência diante do mais arcaico fenômeno da vida. A psicologia aborda este tema vivenciado na dinâmica peculiar do ser humano no histórico familiar, com a proposta de reavaliar os comportamentos, valores e concepções da vida em sociedade. Procuramos esclarecer este processo do idoso que morre no seio de sua família. Dando á estes o suporte necessário para que possa ser amenizado o sofrimento que ora os atingiu. Como enfrentar os estágios subseqüentes a esta experiência que permeia a humanidade. A morte pode não ser o fim, paradoxal a este fato revela-se o começo de uma reflexão da nossa própria existência. O processo de inconstância é percebido no discurso do idoso, ora aceita a morte, ora acredita que ainda pode contribuir na vida dos que o cercam, começa então um processo inconsciente que será seguido pelos estágios da morte, que oscilam entre o partir e querer ficar, negação, raiva, barganha e aceitação rotina. Ao mesmo tempo em que penetra em todas as instâncias e momentos da vida humana, paradoxalmente a cultura cada vez mais procura ocultar este fenômeno. A negação da morte é uma característica mais marcante da sociedade moderna. No estágio de aceitação serão eliminados os conflitos, angústias e o próprio medo da morte. O idoso faz uma seleção de fatos como num retrocesso começa a elaborar o ritual de despedida, lembranças e relatos são feitos como se estivesse descrevendo sua biografia, quer ser lembrados pelos seus melhores feitos. Essa atitude revela a necessidade de apoio psicológico para a aceitação da morte, o que implica para o psicólogo compreende e conhecer os diferentes aspectos da vida do indivíduo, correlacionando situações e experiências para que possa identificar os estágios que são utilizados em diferentes processos pelos quais as pessoas passam ao se defrontarem com a questão da morte. Nesta pesquisa bibliográfica procuramos elucidar como é diversificada a experiência da morte de um ente querido, com propostas e perspectivas que possam amenizar a dor da perda e da separação inevitável, sabemos que a contribuição da psicologia como ciência busca recursos, para que o ser humano possa lhe dar melhor com suas de dificuldades de aceitação da morte. Concluímos que o morrer do idoso junto à sua família pode ser um processo suave, porém, não menos sofrido, este enigma sempre se fará presente no cotidiano do ser humano. O diferencial e importante é saber elaborar os conflitos psíquicos, levando-se em conta que a morte é um processo natural do ciclo da vida.

Palavras-chave: Morte, Idoso, Psicologia

[1] Psicóloga aluna do Curso de Pós-Graduação em Psicologia Clínica.
[2] Orientador, Pós-doutor em Psicologia Social pela USP, Professor Adjunto Nível IV da Faculdade de Educação Física – FEF da Universidade do Federal do Estado do Amazonas – UFAM.

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